Visitando uma família

Hoje fui fazer uma visita num povoado chamado Matriz da Luz
Na verdade eu iria visitar a familia de um menino que mora na casa para ex-meninos de rua, aqui na base.
Ao chegar-mos no endereço determinado, a familia já não morava mais no local.
No mesmo local uma favela lá encontramos uma parente distante, e ela nos orientou para encontrar mãe do menino.
Depois de andarmos de carro por mais de 30 min. saindo da cidade chegamos no povoado, lá encontramos uma irmã, 20 anos e um filho, amaziada.
Andamos mais um pouco de carro e encontramos a mãe e o padrasto com cinco filhos, todos com menos de 5 anos e a menor de 2 meses estes são todos filhos do padrasto que na verdade é o quarto pai, dos 14 filhos que a mãe tem,
Eles vivem bem parece um bom casal, a casa é uma tapera (de barro) alugada 40 reais mensais, chegaram nesta casa na ultima semana a mensalidade do aluguel ali é mais barato do que na cidade que é 3 vezes mais caro.
Depois de conversamos um tempo descobri que o menino que mora conosco não é registrado, a irmã de vinte anos não é registrada e claro a mãe também nunca foi registrada, conseguentemente ela não pode receber nenhuma ajuda do governo, pois, ela não é considerada uma cidadã.
O padrasto trabalha com cana de açúcar ou seja só seis meses por ano e os outros seis meses, não faz nada.
O padrasto e a mãe são analfabetos.
Diante do quadro fiquei pensando no que posso fazer para mudar a realidade destas pessoas, me lembrei muito do que vi em alguns lugares na Africa, como dar esperança para pessoas que não tem esperança de mudança, pessoas que o grande objetivo é ter o que comer na hora da refeição.

Fiquei chocado em ver uma realidade desta apenas 30 minutos da capital onde moro, é trágico como o evangelho integral não chega num lugar deste.
Onde poucos querem fazer missões, e programas do governo não chegam, e a miséria física e espiritual é tão presente.